A Região da Barra da Tijuca:
*A Futura cidade da Barra da Tijuca - Engloba os seguintes bairros (localidades
BARRA LIVRE: Movimento mobiliza população e lideranças para propor um novo
município
Saturados com o desleixo do prefeito do prefeito do Rio de
Janeiro, Eduardo Paes (PSD) que ignora os problemas que enfrentam os
moradores da Região da Barra da Tijuca, tendo como cenário a série de acidentes
com o BRT, mobilidade urbana, meio ambiente, segurança, saúde, entre outros,
levou cidadãos indignados, iniciar um abaixo-assinado hibrido para propor a
emancipação da Região, por conta do desleixo do ente público.
O prefeito, em 2016 enfrentou acusações de corrupção passiva, por
desvio da verba das Olimpiadas, quando esteve próximo de ser afastado do
cargo. Na ação penal, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Sebastião Reis Júnior negou pedido do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes,
para trancar processo (RHC 138.014) em que eram apurados os crimes de fraude a
licitação, falsidade ideológica e corrupção passiva na contratação de obras
para as Olimpíadas do Rio, em 2016, época que Paes ocupava o cargo de prefeito
da capital fluminense.
Acusação foi por conta das
obras das Olímpiadas
No processo da acusação foi
de Crime que ocorreu durante as obras das Olímpiadas do Rio em 2016. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), houve simulação
em processo licitatório destinado a selecionar empresas para obras de vários
equipamentos olímpicos, o que teria frustrado o carácter competitivo do certame.
A seleção prévia do vencedor da licitação – o Consórcio Complexo Deodoro –
teria ocorrido, segundo o MPF, mediante solicitação de propina pelo prefeito.
Após o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) ter negado o
pedido de trancamento da ação penal, a defesa do prefeito recorreu ao STJ
sob a alegação de que o recebimento da denúncia se baseou exclusivamente em
depoimento de colaborador premiado. A defesa do prefeito também sustentou que o
MPF não descreveu concretamente qual teria sido a vantagem indevida solicitada
por Paes.
Moradores apoiam o
Movimento emancipacionista.
O presidente da Associação de Emancipacionista da Região da Barra
da Tijuca AP4.2 que abrange os bairros do Joá,
Joatinga, Barra da Tijuca, Vargem Pequena, Vargem Grande, Recreio e Grumari,
jornalista Roberto Monteiro Pinho, explicou que anos atrás, foi implementado um
plano diretor para a Barra. “Ocorre que o traçado urbanístico do arquiteto
Lucio Costa foi tragado pela voracidade do mercado imobiliário a partir dos
anos setenta. O plano original do arquiteto,
trouxe uma desagradável surpresa, a ponto de negar ter concebido nada do que
estava sendo construído, frente a ausência dos principais traçados das vias,
espaçamentos e visual arquitetônico”.
Na opinião do jornalista, o planejamento e todo processo legal e
mobilização passa pelo crivo de toda comunidade, principalmente as mais
açodadas pelo desleixo público, onde o trânsito e a segurança são os principais
vilões dos moradores. “Temos que ouvir todos, dialogar, e agregar os
vocacionados pela causa ambiental e social, dar vós as lideranças comunitárias,
empreendedores, administradores de condomínios e moradores” – conclui.
Luis Machado é advogado, engenheiro e secretário geral da
entidade. O dirigente aponta a necessidade de corredores a exemplo das grandes
cidades onde existem ruas de pedestres, a humanização do transporte público, e
principalmente agregar projetos urbanísticos, focados no ambiental. “Conforme
descrevemos no Manual da Emancipação apresentado a comunidade a partir da II Coletiva de Imprensa realizada no dia 6
de abril no Arouca Barra Clube. As informações sobre a proposta
emancipacionista, abrange todo arcabouço legal e aspectos legais que garante o
futuro plebiscito” - explicou.
Região saiu de 30 mil habitantes nos anos 50
para 750 mil em 2021
Na “década de 70” o país apontava taxas de crescimento de 10%
tendo o automóvel como prioridade. A realidade mudou, aumentou a população, os
meios de transportes, em consequência veio o barulho, poluição, esgotos a céu
aberto, condomínios ocupando áreas que deveriam ser preservadas.
O arquiteto Carlos Eduardo Nunes, autor do livro “Barra da Tijuca, o Presente do Futuro”,
descreve que “embora mantenha elementos originais do plano, como a ventilação e
a preservação de áreas verdes, temos um problema grave porque não promove a
convivência em espaços públicos, e esses espaços, geralmente, tendem a ser
espaços de consumo, quando deveriam ser destinados ao laser”.
A Barra da Tijuca não precisa ser repensada. Quando se tornou
bairro existia um planejamento. A sua natureza é esplêndida, generosa, com
praias, lagoas, canais e o verde. O que a autoridades pública precisam fazer, é
se revestir de profissionalismo, voltar seu olhar para a região, e investir
dentro da reciprocidade que a região merece.
A região é economicamente independente, reúne shoppings, e um
número surpreendente de restaurantes e casas noturnas, fazendo com que o entretenimento,
e contribui com um o IPTU que figura entre os mais caros da cidade. Apesar
disso, não existe investimento a altura da sua contribuição aos cofres da
municipalidade, seja um gerador de empregos e renda. “Afinal para onde vão
essas divisas” – assinala Monteiro.
A Miami brasileira
A região figura entre as mais populosas do país. Precisa de
comprometimento público, sair do marasmo das promessas, que não são cumpridas,
sempre na carona de reuniões incipientes, com palestras proferidas por agente
que representam concessionárias de serviços, que disparam suas parafernálias
visual, exibindo um layout que na pratica. São promessas melomaníacas que nunca
acontece.
O prefeito Eduardo Paes e seus aliados na Barra da Tijuca, que
usam seu colégio eleitoral para eleger prefeitos e vereadores que deveriam
andar de ônibus, BRT, trafegar por suas avenidas, e sentir o quanto é insuportável
ficar retido em intenso congestionamento e estará constante apreensivo por
conta da insegurança que reina em toda região. É preciso estar presente nas
comunidades, ouvir essa base social, onde está a cadeia produtiva, sem a qual
não existiria progresso. A resposta teria que ser a altura da contribuição
deste segmento.
Região promissora
Uma região que é vista no cenário internacional como promissora em
vários aspectos, mas desconhece que foi projetada e rarefeita nos anos noventa
no auge da histeria urbanística, hoje pede socorro. O sonho da Miami brasileira é viável, da mesma forma sua
independência de se tornar uma cidade. Seus habitantes sabem disso por essa e
outras razões estão integrados no processo emancipacionista.
Em 1988 o SIM sagrou-se vencedor, quando obteve 93% dos votos,
deixou de se tornar município por não atingir o número necessário previsto na
legislação eleitoral da época. Dessa vez é diferente, a comunicação de massa
pelo meio eletrônico, chegara com informações esclarecimentos com mais
densidade, e o grupo é constituído de técnicos, ambientalistas, advogados,
lideranças comunitárias, jornalistas e entre outros, que atuam majoritários e coesos
nas decisões e planos de trabalho.
Da Editoria/ANIBRPress/Biblioteca Nacional/Imagem: Arquivo.
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