BARRA DA TIJUCA: O caos do BRT assassino e completo abandono da municipalidade

(...) E, com o BRT, linhas de ônibus viraram alimentadoras, prejudicando ainda mais o trânsito caótico, pois a pista do BRT, numa falta de planejamento, não ocupou a larga faixa entre as vias e sim ocupou uma das vias, gerando engarrafamentos colossais, e muitos assaltos na região, na hora de pico, uma simples ida do Recreio para Barra que antes era feita em 10 minutos, agora leva-se até mais de 1 hora.

Um movimento de emancipação da Região da Barra da Tijuca, que reúne aproximadamente 300 pessoas, liderado por ambientalistas, empreendedores, moradores e líderes comunitários estão organizados em Comissões, e vem realizando com sucesso debates, palestras e reuniões para discutir a proposta. O jornalista Roberto Monteiro de Pinho, presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa-ANI, teve a iniciativa ao lado de moradores, para emancipar a região. Após coletar informações de associados, das deficiências do cotidiano dos moradores, e denúncia do descaso das autoridades públicas do município e o abandono, deixando a comunidade sem assistência da prefeitura, o plano emancipacionista vem ganhando adesões. 

Pinho explicou que a Barra está completamente abandonada, “o que deveria ser uma Miami brasileira, apesar de reunir condições naturais e arquitetônica para se despontar como polo de turismo, e do entretenimento, padece com vários problemas de ordem urbana, com grande número de assaltos, crescimento desordenado, falta de saneamento, assistência da municipalidade nas comunidades, nas vias, pistas e ciclovias, lixo a céu aberto, falta de creches, e transporte de qualidade.

- Não temos um hospital público de ponta, apesar da população de mais de 400 mil pessoas (números de 2018). O BRT é um bólido criminoso, que a cada dia faz vítimas, até mesmo fatais. São poucos ônibus circulando, corredores em péssimas condições de conservação, e acidentes a cada momento. Por sua vez, a Região da Barra (Planta AP4.2) figura no ranking como a região do município que mais arrecada tributos. A prefeitura não está cumprindo a sua parte, abre discussão, apresenta planos e projetos e nada acontece, enquanto isso seus moradores padecem. Recente trocou a concessionaria que fornece água para a região, pela Iguá Aguas do Rio. Em reunião aberta em fevereiro de 2022, representantes da concessionária prometeram realizar a operação plena dos serviços de água e esgoto na área do Bloco 2, referente à região da Barra da Tijuca. E como resposta ganhamos até então, uma água turva e com mau cheiro. - concluiu Pinho.

Um novo Plebiscito para Emancipar a Região

Em 1988 quando a Barra da Tijuca ainda não estava superpovoada houve um plebiscito para decidir se a região se tornaria um município e que agora a emancipação da volta a ser discutida. No dia 03 de julho daquele ano, dos 47.955 eleitores que estavam aptos a votar, somente 6.217 compareceram às zonas eleitorais. Desses eleitores, 5.785 votaram pelo “SIM”, enquanto 354 eram contrários a ideia. Também houve 78 votos em brancos e nulos. Entretanto, a vitória sinalizou a vontade popular, sem que aprovasse a Emancipação, já que não atingiu os 23.978 votos necessários.

Agora o Movimento emancipacionista planeja realizar a partir da segunda quinzena do mês de janeiro, uma série de debates para discutir a emancipação. Monteiro alega que por causa das eleições nada oficial será feito este ano, mas espera um novo plebiscito sobre o tema no fim do primeiro semestre de 2023.

Convém assinalar que em 2015, (um ano antes das Olímpiadas) ao Plano Diretor Metroviário (PDM), tinha o objetivo de planejar todos os traçados de metrô e de outros transportes de alta capacidade a serem implementados na Região Metropolitana. Em pauta, estavam as expansões das linhas até o Recreio e Jacarepaguá, que, mesmo longe de serem iniciadas, já causavam mobilização na comunidade local. Em termos de estrutura temos o Rio Centro de Convenções de poucos eventos, por outro bem lembrado perdemos a realização do Grande de Fórmula Um.


Onde foi parar o projeto do Metrô Barra para o Recreio dos Bandeirantes?

O bairro foi tomado por um boom populacional enorme, coalharam Condomínios de classe A e B, shoppings centers, toda uma estrutura, mais para moradia para aimentar a gula das imobiliárias e construtoras, e o entretenimento, mas esqueceram da Mobilidade Urbana, e o resultado dessa miopia pública é o caos no trânsito e o péssimo transporte para os passageiros. Em suma não houve investimentos em infraestrutura e transporte. O sistema viário se manteve e foi sufocado pelo crescimento.

E, com o BRT, linhas de ônibus viraram alimentadoras, prejudicando ainda mais o trânsito caótico, pois a pista do BRT, numa falta de planejamento, não ocupou a larga faixa entre as vias e sim ocupou uma das vias, gerando engarrafamentos colossais, e muitos assaltos na região, na hora de pico, uma simples ida do Recreio para Barra que antes era feita em 10 minutos, agora leva-se até mais de 1 hora.

O advogado e jornalista Ralph Lichote, Presidente da Associação Nacional de Defesa ao Usuários de Transportes, ressaltou que "Oito anos se passaram da promessa do início das obras do Metrô, e simplesmente o projeto saiu do radar, e algo tem que ser feito".

Da Editoria/Na Mídia/Imagem: Internet

 



 


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