A proposta para emancipar a Barra da Tijuca está avançando e sua estrutura se fortalece com a adesão de importantes lideranças, do ramo do entretenimento, líderes comunitários e entidades que atuam em várias frentes sociais. Os emancipacionistas criaram um colegiado composto por colaboradores, que vem atuando desde abril de 2022 quando iniciaram um trabalho coeso e de amplo esclarecimento à população, pautado por Coletivas de Imprensa, onde os titulares da Coordenação explicam a população os avanços em prol da emancipação
A Região da Barra da Tijuca é uma das mais valorizadas do país, e figura entre os mais populosos do estado, segundo o Instituto Pereira Passos (IPP), em 2020, a R.A. da Barra da Tijuca teria 507.520 habitantes. Apesar do seu potencial econômico e populacional, a região vem sendo negligenciada pelo poder público, deixando seus moradores em situação de abandono e desassistido. A cidade sofre com a falta de investimentos e manutenção, refletida em ruas mal iluminadas, calçadas esburacadas e quadras poliesportivas abandonadas sem manutenção. “O maior problema, pela ordem é a insegurança, o trânsito caótico e transporte coletivo abaixo da crítica. O que temos aqui é da iniciativa privada, que faz sua parte”, aponta o coordenador da Movimento de Emancipação, jornalista e escritor Roberto Monteiro Pinho
- Um dos principais problemas é a desorganização, sujeira e a falta de iluminação em suas ruas. Os visitantes também deparam com total abandono, que vai do Itanhangá a Grumari, área geográfica da Planta AP4.2, que trabalha pela emancipação. “Ressentimos da presença do poder público, a questão ambiental é caótica, as prestadoras de serviços essenciais para a população, como água, energia e tratamento de esgoto é abaixo da crítica. Em função do esporte, viajo constantemente para outros países, e tenho contemplado, um urbanismo impecável, dinâmico, que pode ser introduzido na Barra da Tijuca. Com a emancipação, vamos resgatar a real vocação da região”. Destaca o engenheiro e advogado Luis Machado.
Falta comprometimento do ente público pela região/ECO92
A situação é agravada pela falta de comprometimento da administração municipal. O abandono é visível em todos os aspectos, desde a falta de manutenção das vias públicas até a ausência de políticas públicas efetivas para resolver os problemas da cidade, seja social ou urbana. A falta de fiscalização em relação ao estacionamento em calçadas também é um problema frequente, dificultando ainda mais a circulação de pedestres.
- A falta de investimentos e manutenção tem afetado continuamente a qualidade de vida e a segurança dos cidadãos. Isso acarreta dano irreparável a saúde, a qualidade de vida e a segurança civil. É necessário que medidas sejam tomadas urgentemente para resolver esses problemas. Mesmo assim nada acontece, reuniões e mais reuniões com assessores do prefeito são marcadas, eventos convocados por inciativa de líderes comunitários, onde comparecem representantes da municipalidade e a inércia se mantém, a ausência do prefeito Eduardo Paes, o que deixa para uma próxima gestão municipalizada da Barra, assumir a responsabilidade recompor, e cuidar da cidade e de seus habitantes.
A situação é ainda mais preocupante quando se leva em consideração a importância histórica e ecológica da região, que foi palco da ECO92 realizada na cidade do Rio de Janeiro, e aconteceu 20 anos após a primeira conferência do tipo (em Estocolmo) e, desta vez, devido ao ambiente político internacional favorável e as recomendações feitas pela Comissão Brundtland, foi considerada um verdadeiro sucesso. No cenário desde evento está a Barra da Tijuca, cuja região encantou os participantes de mais de 170 países.
Lançamento do Manual da Emancipação
Um Manual de Emancipação está sendo preparado, e traz detalhando de todo processo emancipacionista, enumera passo a passo, o trajeto a ser percorrido desde a mobilização popular, a campanha de esclarecimento, e construção do ideal urbano, ambiental e documental que dá origem a convocação do plebiscito.
O crescimento da Região, teve início em 1939, mas o boom de crescimento ocorreu a partir do final dos anos 1960 e início dos anos 1970, capitaneado por um processo de especulação imobiliária. Em 1969, o governador do Rio de janeiro, Francisco Negrão de Lima, convidou o urbanista Lucio Costa – responsável pelo plano-piloto da cidade de Brasília – para elaborar o plano da Barra. “O desenho foi bem recebido pela comunidade, mas foi o próprio idealizador, que mais a frente condenou a falta de cumprimento do traçado urbano inicial. Isso mais a frente, com ausência do poder público atuando com maior rigor no cumprimento da norma urbana, é que a Barra veio sofrer forte impacto ambiental, e desde então se agrava”. – frisou o coordenador de comunicação, jornalista Arlérico Jácone.
E cabe a nós a reflexão: será que falta aos responsáveis pela atual gestão "viver" a cidade; participarem ativamente da cidade como um todo? O dia a dia, estarem inseridos no organismo de fato. Não somente conhecer suas mazelas, mas culturalmente também para se sentirem verdadeiramente parte dela. Viver o todo e até conhecer realmente a cidade que deu seu voto de confiança. Será que não se perderiam na sua própria cidade? Será que reconhecem ainda onde moramos, suas ruas, praças, os bairros, os locais históricos e sua importância?
Da Editoria/Núcleo de Conteúdo ANIBRPress/Imagens: Internet.
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