BARRA DA TIJUCA:
Projeto de emancipação prevê meticuloso estudo para melhorar o caótico trânsito na Região
A Linha 4 do metrô em 2016, colocada em funcionamento para atender a demanda das Olimpíadas, foi importante, mas não foi suficiente para desafogar a Avenida das Américas e adjacências. Segundo uma pesquisa do Instituto de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, existem 700 automóveis para cada mil habitantes, com previsão para os próximos anos, de um carro para cada dois moradores nessa área da Zona Oeste.
Formada territorialmente por sete distritos: pela Barra, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Pequena, Vargem Grande, Camorim, Grumari, Joá e Itanhangá, a Barra possui uma população em torno de 650 mil pessoas, segundo o IBGE. No período das férias e verão, o número poderá chegar a 1,2 milhão/dia.
A Região é privilegiada pelo recorte e beleza natural, com 25 quilômetros de praia, montanhas verdejantes e clima afável. O conjunto de condomínios e ruas arborizadas fazem a diferença, diante de uma cidade açodada pelo mau planejamento urbano e construções com unidades (apartamentos) de alto custo por metro quadrado.
Fluxo de veículos na hora de pico chega a 180 mil/Metrô iria até o Recreio
Segundo informações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), nos horários de pico, uma rota que poderia ser feita em dez minutos pode saltar para 90, acarretando gasto com combustíveis e transtornos psicológicos. Marcar hora, fazer uma previsão de chegada ou saída é um problema não apenas para o cidadão, mas também para as empresas de transporte público, que não conseguem gerenciar a vasta grade de horários com precisão.
O caos pode ser avaliado a partir do fluxo da Avenida das Américas que tem registrado um fluxo de 150.000 carros/dia, número próximo à Avenida Brasil que trafega 180.000. Aliado ao metrô veio o BRT também, apesar da medida na mobilidade, a melhora manteve a região lenta e travada. Nas imediações, Avenida das Américas, Ayrton Senna, Lúcio Costa, os engarrafamentos são constantes e longos, e deixam os motoristas à mercê de assaltantes.
Devastação de áreas verdes
Para quem
almeja viver na cidade do Rio de Janeiro, existe um bairro que deve ser levado
em consideração na hora da escolha. Além de
ser o endereço de um grupo renomado de artistas do mundo da música, e
televisão, a Barra da Tijuca também abriga sedes de grandes empresas. Alguns
desses escritórios pertencem a Shell, Michelin e Esso. Sem dúvida, morar nesse
importante bairro nobre do Rio de Janeiro chamado Barra da Tijuca é
incrível, principalmente para quem é apaixonado por belezas naturais.
De olho
nessa múltipla oferta de áreas nobres, as imobiliárias e construtoras não medem
esforços para lançar novos condomínios, Recente a construção de blocos de
apartamentos na privilegiada área do Bosque Marapendi, provocou protesto dos
seus moradores, que planejam entrar com medida judicial, e denunciar no MP
estadual, após a devastação do verde, e dezenas árvores centenárias, a violação
da regra ambiental prevista na Região.
As autoridades estão propondo implantar o transporte hidroviário como alternativa para melhorar a mobilidade urbana. Para o jornalista Roberto Monteiro Pinho, presidente da Associação dos Emancipacionistas da Região da Barra da Tijuca - AEBAT, “o Tema ainda sem definição, apesar da audiência pública na CCBT no dia 27 de abril corrente, pelas sugestões apresentadas, ficou claro a inobservância do principal requisito que é a preservação do meio ambiente, já que o tráfego de embarcações de médio e grande porte, agride a lâminas d’água das Lagoas e Canais existentes na Barra da Tijuca. Por outro lado, a continuação da segunda parte da Linha 4, apesar da verba liberada, criminosamente, acabou ficando no papel. – Assinalou o presidente da instituição.
Por:
ANIBRPress/Imagens: Internet
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